terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Confessa-se a leoa para Nós, os do Macurungo e Entre as memórias silenciadas




Os romances “A confissão da Leoa” de Mia couto, “Nós, os do Macurungo” de Adelino Timóteo e “Entre memórias silenciadas” de Ungulani Ba Ka Khosa são os livros mais vendidos (e lidos?) nas 3 principais livrarias da cidade da Beira, constatou uma ronda efectuada pelos repórteres da Soletras.

Os dados são referentes aos meses de Janeiro e Fevereiro de 2014. No período em apreço, foram adquiridos pelos leitores beirenses cerca de 20 exemplares de “A confissão da leoa”, o último romance de Mia Couto; perto de 15 exemplares do “Nós, os do Macurungo” de Adelino Timóteo; e mais ou menos 9 exemplares do romance “Entre memórias silenciadas” de Ungulani Ba Ka Khosa.

Neste período, também foram vendidos cerca de 8 exemplares de “Nós matamos o cão tinhoso”, o clássico romance de Luís Bernardo Honwana; 5 exemplares do livro “Na mão de Deus” das escritoras Paulina Chiziane e Maria do Carmo; aproximadamente 4 exemplares da obra “A sopa da madrugada” da ex-governante moçambicana Luísa Diogo; entre outros.

Prémios e identificação com os livros podem estar a ser determinantes  
A Soletras conversou com os livreiros e soube deles que as pessoas compraram muito os três livros citados por causa das distinções que estes escritores receberam nos últimos meses, ou por se sentirem identificados com certo livro, no caso “Nós, os do Macurungo” de Adelino. De recordar que Mia Couto ganhou o “Prémio Camões 2013” e Neustadt, o “Nobel” americano 2013; Ungulani Ba Ka Khosa venceu o “Prémio BCI 2013”, antecedido por Adelino Timóteo, em 2011.

Novos escritores “ausentes”, enquanto os “mais-velhos” são procurados  
Na ronda que a Soletras fez, constatou-se a ausência de títulos de jovens escritores moçambicanos, e essa anormalidade foi justificada pelos livreiros. “Os livros desses não vendem muito”, ajuntaram. Entretanto, são muito procurados em parte das livrarias escaladas os livros “Uria Simango um homem, uma causa”, de Barnabé Lucas Ncomo e “Por quem vibram os tambores do além?” da romancista Paulina Chiziane. (Redacção)

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