terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Memórias silenciadas libertam-se e ganham prémio BCI




O “Prémio BCI Literatura 2013”, na sua quarta edição, foi atribuído, no dia 30 de Janeiro último, ao renomado escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Kho-sa, pela autoria do livro “Entre as Memórias Silenciadas”, lançado o ano passado numa cerimónia bastante concorrida por políticos, escritores e estudantes.
O galardão foi criado em 2010 pelo Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e, desde então, é atribuído anualmente, em parceria com a Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), aos autores moçambicanos das melhores obras publicadas durante o ano. Segundo o sítio oficial do BCI na internet, os objectivos subjacentes à criação do prémio são o de “estimular a publicação de obras literárias e incentivar a crescente valorização dos hábitos de leitura pela população”.
De acordo com a fonte, a decisão de atribuição do “Prémio BCI Literatura 2013” resultou de um processo de análise que envolveu cerca de 15 obras de autores moçambicanos, de géneros diversos como a poesia, a recensão crítica, o romance e a novela, num escrutínio que se baseou em obras publicadas em território nacional de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013.
"Entre Memórias Silenciadas", a obra vencedora do prémio, aborda a recente história de Moçambique, com especial atenção para os campos de reeducação estabelecidos após a independência do país, em 1975.
Ungulani Ba Ka Khosa, actual Secretário-Geral da AEMO, tenciona lançar mais um livro ao longo deste ano. Porém, promete que não vai participar em concursos do género, como forma de dar espaço aos outros.
A primeira edição do “Prémio BCI Literatura” foi ganha por João Paulo Borges Coelho, com a obra “O Olho de Hertzog” (2010); a segunda por Adelino Timóteo, com a obra poética “Dos Frutos do Amor e Desamores Até à Partida” (2011) e a terceira por Eduardo White, com a obra “O Libreto da Miséria”(2012). (Redacção)

Neide Txuma Jone condecorada com a menção "Magnum Opus 2013"



Neide Txuma Jone acaba de ser condecorada com a menção Magnum Opus 2013 pela Academia Alquimia das Letras, sedeada em Curitiba, no Brasil. Trata-se da mais alta condecoração anual atribuída por aquela instituição que vem, desde 2005, promovendo e divulgando novos autores locais e internacionais.
A jovem escritora moçambicana, a viver e trabalhar na cidade de Maputo, concorreu com o texto “A mulher misteriosa” que arrancou do jurado muitas vénias a ponto de merecer a referida distinção e a indicação para correspondente internacional.
Num concurso disputado por autores de quase todo o mundo, num total de 826, Neide destacou-se ao lado do também escritor moçambicano Dany Wambire e de outros três escritores.
O prémio Magnum Opus foi instituído em 2009, sendo anualmente atribuído a escritores que mais se destacam ao longo dos anos, pela sua extremada dedicação à cultura e reconhecida competência intelectual, sendo também  esta a mais alta categoria de sócios da agremiação.
A indicação para correspondente internacional da Academia Alquimia de Letras é feita a personalidades ligadas à cultura, com o interesse em pactuar intercâmbios entre aquela instituição e estados brasileiros e de outros países, podendo também ser feita mediante a apresentação de curriculum vitae, se expressado por interesse próprio ou quando apresentado por um membro da Academia. (Redacção)

Confessa-se a leoa para Nós, os do Macurungo e Entre as memórias silenciadas




Os romances “A confissão da Leoa” de Mia couto, “Nós, os do Macurungo” de Adelino Timóteo e “Entre memórias silenciadas” de Ungulani Ba Ka Khosa são os livros mais vendidos (e lidos?) nas 3 principais livrarias da cidade da Beira, constatou uma ronda efectuada pelos repórteres da Soletras.

Os dados são referentes aos meses de Janeiro e Fevereiro de 2014. No período em apreço, foram adquiridos pelos leitores beirenses cerca de 20 exemplares de “A confissão da leoa”, o último romance de Mia Couto; perto de 15 exemplares do “Nós, os do Macurungo” de Adelino Timóteo; e mais ou menos 9 exemplares do romance “Entre memórias silenciadas” de Ungulani Ba Ka Khosa.

Neste período, também foram vendidos cerca de 8 exemplares de “Nós matamos o cão tinhoso”, o clássico romance de Luís Bernardo Honwana; 5 exemplares do livro “Na mão de Deus” das escritoras Paulina Chiziane e Maria do Carmo; aproximadamente 4 exemplares da obra “A sopa da madrugada” da ex-governante moçambicana Luísa Diogo; entre outros.

Prémios e identificação com os livros podem estar a ser determinantes  
A Soletras conversou com os livreiros e soube deles que as pessoas compraram muito os três livros citados por causa das distinções que estes escritores receberam nos últimos meses, ou por se sentirem identificados com certo livro, no caso “Nós, os do Macurungo” de Adelino. De recordar que Mia Couto ganhou o “Prémio Camões 2013” e Neustadt, o “Nobel” americano 2013; Ungulani Ba Ka Khosa venceu o “Prémio BCI 2013”, antecedido por Adelino Timóteo, em 2011.

Novos escritores “ausentes”, enquanto os “mais-velhos” são procurados  
Na ronda que a Soletras fez, constatou-se a ausência de títulos de jovens escritores moçambicanos, e essa anormalidade foi justificada pelos livreiros. “Os livros desses não vendem muito”, ajuntaram. Entretanto, são muito procurados em parte das livrarias escaladas os livros “Uria Simango um homem, uma causa”, de Barnabé Lucas Ncomo e “Por quem vibram os tambores do além?” da romancista Paulina Chiziane. (Redacção)

“O desvio do rio e outros contos para crianças” sairá em 2015 no Brasil



A editora brasileira Adónis vai publicar um conjunto de catorze obras literárias de escritores de três países lusófonos, nomeadamente Brasil, Portugal e Moçambique. O primeiro grupo compreende sete trabalhos de escritores brasileiros vencedores do IV  Concurso Agostinho de Cultura, que serão editados no segundo semestre deste ano. Moçambique e Portugal integram, com destaque, o segundo grupo de outros sete trabalhos indicados pelo júri para publicação pela editora no próximo ano.
O nosso país faz-se representar pela obra “O desvio do rio e outros contos para crianças”, de autoria do jovem escritor moçambicano Dany Wambire, que, ainda o ano passado, foi condecorado, juntamente com Neide Txuma Jone, com o prémio Magnum Opus pela Academia Alquimia das Letras, no Brasil. Trata-se de um livro constituído por 10 contos infantis cujo protagonista central da história é sempre o gato, este animal predilecto das crianças.
No livro, o autor brinda as crianças com fascinantes histórias protagonizadas sempre por animais como o gato, o rato, o leão, o verme mas nunca o coelho, este animal esperto e maníaco. Numa espécie de conversa directa com as crianças, o autor procura contar algumas situações da vida contemporânea do nosso país numa linguagem simples, bonita e emocionante, substituindo os actores humanos por animais conhecidos pelos petizes.
A ser editado, “O desvio do rio e outros contos para crianças” vai ser o primeiro livro editado do jovem escritor moçambicano Dany Wambire, entre muitas outras obras que aguardam pela publicação.
No âmbito da descoberta de novos talentos da literatura e promoção da actividade de produção literária no seio dos iniciantes, a Adónis vem, desde 2008, revelando novos talentos e fomentando a produção literária – facto que aproxima escritor e mercado editorial. (Redacção)

Valdeck Almeida de Jesus apadrinha cerca de 200 poetas

 

Já se encontra à venda, no site da PerSe Editora a obra “Prémio Literário Valdeck Almeida de Jesus - 2013” organizado pelo poeta baiano, que empresta o seu nome ao concurso. Trata-se de um livro que traz à ribalta mais de duzentos poemas de novos talentos do mundo inteiro (incluindo os do nosso país), seleccionados no “X Prémio Literário Valdeck Almeida de Jesus-2013”
 O livro, que será lançado em Agosto do corrente ano, durante a 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, para além de outros poetas, conta com os textos de três moçambicanos, nomeadamente Pré-Destinada, Manusse Manuela e Dany Wambire, este último distinguido com “menção honrosa”.
Os primeiros dez (10) classificados deste prémio, organizado no Brasil, foram conhecidos no início deste mês, aos quais a Soletras teve acesso:
1º Colocado: O poema (André Luís Soares)
2º Colocado: Gaza (Daniel Perico Graciano)
3º Colocado: Livros (Edweine Loureiro)
4º Colocado: Justiça desnuda (Cleison Fernandes de Souza)
5º Colocado: Eu, meu livro (Valdeck Waslan de Oliveira)
6º Colocado: O lixo humano (Ana Carolina Cerqueira)
7º Colocado: Paraíso inventado (Taionara Almeida Nery)
8º Colocado: Caminho (Juliana Joze Ortiz)
9º Colocado: Via Crucis (Vinícius Mahier)
10º Colocado: Vestígios (Arai Santos)

Menções Honrosas
Assombra (André Lima Barros)
O balanço (Carolina Berger)
As vontades do poeta (Dany Wambire)
Epa Babá (Giuliano)
Taça de cristal (Janete Henrique Serralvo)
Decepção (Rodrigo Salomão)
Ressaca (Samira Costa de Assis)
(Redacção)