Os ecos da celebração do primeiro
aniversário da revista Soletras ainda estão na ordem do mês. Que o digam os que assistiram à
palestra proferida pelo editor desta revista, o ensaísta Cremildo da Cruz.
Como que a
justificar as motivações da criação do órgão, que também dirige, diz: “Somos
movidos por esse sentimento de injustiça literária, o qual nos leva a agir
socialmente em prol da literatura, para mudar o actual estado de coisas”.
O jornalista vai mais
longe, afirmando que no seio dos seus pares, todos colaboradores da revista, há
“um total inconformismo em relação ao que está a acontecer, uma distribuição
desigual da riqueza literária, razão pela qual procuramos, desta forma tentar,
no mínimo reduzir o fosso entre os renomados e não renomados”.
Da Cruz afirma,
ainda, que só conseguiremos praticar um bom activismo literário quando sabermos
da importância da alteridade, fazendo o bem para o outro, na fé de que só assim
é que conseguimos a nossa própria felicidade. “Devemos sempre desenvolver as
nossas atitudes e actividades de uma maneira racional, dedicando as nossas
forças e a nossa inteligência em boas acções, que, acima de tudo, beneficiem os
outros” – disse o nosso palestrante.
Para além de Cremildo da Cruz, o Pe.
Manuel Ferreira também proferiu uma palestra, mas esta versava sobre os
desafios da revista Soletras e do Movimento Literário Kulemba.

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