sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

1º CONCURSO LITERÁRIO OLEBA EDITORES - CONTO

Do objectivo do Concurso
O primeiro concurso literário da Oleba Editores, categoria de contos, pretende descobrir novos talentos da literatura moçambicana e divulgar a Oleba.

A partir do concurso, serão seleccionados 15 melhores contos para fazerem parte de uma antologia a ser editada pela Oleba Editores, sem nenhum ónus para os autores dos textos seleccionados. Nenhum escritor seleccionado pagará para que o texto seja publicado na Antologia.


Da Participação

 Para concorrer, todos os cidadãos moçambicanos, maiores de 18 anos de idade, deverão mandar apenas um conto inédito digitado, com pseudónimo, para o e-mail: concursoconto@olebaeditores-mz.com na forma de dois anexos (envio electrónico):


ANEXO 1: o conto, com pseudónimo (Word);

ANEXO 2: título de seu conto, seu nome, contacto, cidade, pseudónimo usado no conto e biografia literária de até 5 linhas.

Os anexos devem ser obrigatoriamente nomeados da seguinte maneira:

Títulodoconto pseudónimodoautor (para o conto, evitar nomear anexo 1) e
Dados pseudónimodoautor (para os dados, evitar nomear anexo 2)


 1.º: entende-se por inédito o conto que não participou de nenhuma colectânea de vários autores, nem de livro (digital ou de papel) do participante como autor único e/ou tenha sido premiado em outro concurso literário.

3.º: serão desclassificados os contos postados após 15 de Maio 2015. Apenas serão aceitas inscrições e textos remetidos por e-mail. O recebimento será confirmado  por mesma via.

4.º: serão desclassificados os textos que a Júri considerar plágio evidente. 



Da formatação do texto



 Os textos (dois anexos) deverão ser digitados em corpo 12, espaço Simples (1,5). O texto do conto NÃO deve ultrapassar a 5 páginas, papel A4, margens de 2,0 cm, fonte “Times New Roman”.


 Dos critérios básicos de julgamento

        

     Art. 6.º - Ser um texto narrativo com cunho literário, centrado num só conflito, com espaço e tempo concentrados conforme o género “conto”.

         

     Art. 7º - Será instituída Comissão Julgadora composta por escritores, professores de literatura e críticos literários.

          Único – a comissão terá liberdade e autonomia de organizar seu trabalho de leitura e julgamento, tendo o prazo para entregar os resultados até 30 de Julho de 2015 impreterivelmente.


Das premiações

 1.º Lugar: 4 exemplares

 2.º Lugar: 3 exemplares

 3.º Lugar: 2 exemplares

Os restantes premiados, para além da publicação terão o direito de 1 exemplar cada.


   8.º - Os casos omissos serão dirimidos pela comissão organizadora da Oleba Editores.

Dos Direitos Autorais

Os autores das obras seleccionadas assinarão um contrato com a editora onde estarão salvaguardados os direitos autorais.




1º CONCURSO LITERÁRIO OLEBA EDITORES - POESIA

Do objectivo do Concurso
O primeiro concurso literário da Oleba Editores, categoria de poesia, pretende descobrir novos talentos da literatura moçambicana e divulgar a Oleba.

A partir do concurso, serão seleccionados 30 melhores poemas para fazerem parte de uma antologia a ser editada pela Oleba Editores, sem nenhum ónus para os autores dos textos seleccionados. Nenhum poeta seleccionado pagará para que o texto seja publicado na Antologia.


Da Participação

 Para concorrer, todos os cidadãos moçambicanos, maiores de 18 anos de idade, deverão mandar apenas um poema inédito digitado, com pseudónimo, para o e-mail: concursopoesia@olebaeditores-mz.com na forma de dois anexos (envio electrónico):


ANEXO 1: o poema, com pseudónimo (Word);

ANEXO 2: título de seu poema, seu nome, cidade, contacto, pseudónimo usado no poema e biografia literária de até 5 linhas.

Os anexos devem ser obrigatoriamente nomeados da seguinte maneira:

Títulodopoema pseudónimodoautor (para o poema, evitar nomear anexo 1) e
Dados pseudónimodoautor (para os dados, evitar nomear anexo 2)


 1.º: entende-se por inédito o poema que não participou de nenhuma colectânea de vários autores, nem de livro (digital ou de papel) do participante como autor único e/ou tenha sido premiado em outro concurso literário.

3.º: serão desclassificados os poemas postados após 15 de Maio 2015. Apenas serão aceitas inscrições e textos remetidos por e-mail. O recebimento será confirmado  por mesma via.

4.º: serão desclassificados os textos que a Júri considerar plágio evidente. 



Da formatação do texto



 Os textos (dois anexos) deverão ser digitados em corpo 12, espaço Simples (1,5). O texto do poema NÃO deve ultrapassar 1 página, papel A4, margens de 2,0 cm, fonte “Times New Roman”.


 Dos critérios básicos de julgamento

        

     Art. 6.º - Ser um texto poético, bem distinto do texto prosaico.

         

     Art. 7º - Será instituída Comissão Julgadora composta por escritores, professores de literatura e críticos literários.

          Único – a comissão terá liberdade e autonomia de organizar seu trabalho de leitura e julgamento, tendo o prazo para entregar os resultados até 30 de Julho de 2015 impreterivelmente.


Das premiações

 1.º Lugar: 4 exemplares

 2.º Lugar: 3 exemplares

 3.º Lugar: 2 exemplares

Os restantes premiados, para além da publicação terão o direito de 1 exemplar cada.


   12.º - Os casos omissos serão dirimidos pela comissão organizadora da Oleba Editores.

Dos Direitos Autorais

Os autores das obras seleccionadas assinarão um contrato com a editora onde estarão salvaguardados os direitos autorais.











segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O meu inimigo VI-LHE


Pe. Manuel Ferreira
Quem, em Moçambique, sabe português, para poder publicar livros, não escreve vi-lhe, mas escreve vi-o ou vi-a, nem escreve encontrei-lhe, mas escreve encontrei-o ou encontrei-a, não escreve diga o que pensas, mas escreve diz o que pensas, nem escreve faça o que eu te digo, mas escreve faz o que eu te digo. Quem quiser escrever como deve ser, tem que estudar a gramática. E, como até a Bíblia diz, in principio erat verbum, no princípio, está o verbo! A começar pelo imperativo!

Alguém, porém, poderia observar-me que Jorge Amado é um grande escritor, e escreve vi-lhe. Jorge Amado é um grande escritor, sim, mas seria bem maior, se escrevesse num português sem erros, como fazem os nossos escritores moçambicanos confirmados. Erro é sempre erro. E se for erro cometido por um grande, nem por isso se livra de o ser, antes, pelo contrário, torna-se erro maior. Como dizia Frei Luís de Sousa, os erros dos grandes são erros a cavalo. O Nobel colombiano Gabriel García Marquez, em Viver para contá-la, recorda-nos que a sua Editora se via à nora, com tantos erros, com que ele escrevia. Decerto que não foi pelos erros, mas apesar dos erros, que ele chegou ao prémio Nobel da Literatura.

Se um italiano ou um francês traduzir Jorge Amado, quando chegar ao vi-lhe, vai traduzir com l’ho visto (vi-o) e je l’ai vu (vi-o). Nunca traduzirá por io gli ho visto(vi-lhe) nem je lui ai vu. Nem o italiano nem o francês suportariam tal horror gramatical. Portanto, ao traduzirem Jorge Amado, eles corrigem-no. Escrevem, em suas línguas, de chegada, o que o escritor devia ter escrito na sua, de partida. José Saramago e Paulina Chiziane dão muito menos trabalho aos tradutores !

Se a mim me aparecesse Jesus Cristo (como parece que aparece a Osvaldo das Neves !) e me dissesse eu vi-lhe, juro palavra de honra que eu lhe faria esta oração: Eu creio que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Enquanto verdadeiro Deus, sabeis tudo. Mas, enquanto verdadeiro homem, não sabeis tudo, porque não sabeis a gramática da língua portuguesa!

JANEIRO é Januário. E Januário vem do latim ianua, que significa PORTA. O primeiro mês do ano é a porta de entrada num Ano Novo. Ainda que um tanto atrasado, desejo a todos Boas Entradas, Feliz Ano Novo!

“Somos movidos por esse sentimento de injustiça literária”- afirma o editor da Soletras.



Os ecos da celebração do primeiro aniversário da revista Soletras ainda estão na ordem do mês. Que o digam os que assistiram à palestra proferida pelo editor desta revista, o ensaísta Cremildo da Cruz.
Como que a justificar as motivações da criação do órgão, que também dirige, diz: “Somos movidos por esse sentimento de injustiça literária, o qual nos leva a agir socialmente em prol da literatura, para mudar o actual estado de coisas”.
O jornalista vai mais longe, afirmando que no seio dos seus pares, todos colaboradores da revista, há “um total inconformismo em relação ao que está a acontecer, uma distribuição desigual da riqueza literária, razão pela qual procuramos, desta forma tentar, no mínimo reduzir o fosso entre os renomados e não renomados”.
Da Cruz afirma, ainda, que só conseguiremos praticar um bom activismo literário quando sabermos da importância da alteridade, fazendo o bem para o outro, na fé de que só assim é que conseguimos a nossa própria felicidade. “Devemos sempre desenvolver as nossas atitudes e actividades de uma maneira racional, dedicando as nossas forças e a nossa inteligência em boas acções, que, acima de tudo, beneficiem os outros” – disse o nosso palestrante.

Para além de Cremildo da Cruz, o Pe. Manuel Ferreira também proferiu uma palestra, mas esta versava sobre os desafios da revista Soletras e do Movimento Literário Kulemba.

Francisco Noa vence o Prémio BCI



O júri da 5ª edição do Prémio BCI anunciou na tarde da última quinta-feira (29 de Janeiro) o vencedor, ou melhor, o autor do melhor livro do ano. O laureado foi o consagrado ensaísta e académico Francisco Noa, um dos mais activos críticos literários da actualidade moçambicana.
Segundo o corpo de jurados, composto por Jorge de Oliveira, Aurélio Cuna e Hélder Faife, a obra vencedora Perto do fragmento, a totalidade. Olhares sobre a literatura e o mundo é de grande qualidade, sendo um género pouco cultivado no nosso país.
Francisco Noa é natural de Inhambane e nasceu em 1962. O mesmo é Doutorado em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa. É professor de literatura e de retórica na Universidade Eduardo Mondlane e professor convidado dentro e fora do país.
Noa, para além do livro distinguido, é autor de outros quatro livros de ensaios, nomeadamente: Literatura Moçambicana: Memória e Conflito (1997), A Escrita Infinita (1998), Império, Mito e Miopia (2002), A Letra, a Sombra e Água (2008).

Perto do fragmento, a totalidade. Olhares sobre a literatura e o mundo é a quinta obra distinguida com o Prémio BCI desde a sua instituição, em 2010. Estas foram as que, anteriormente, tiveram a mesma distinção: O Olho de Hertzog, de João Paulo Borges Coelho, em 2010; Dos Frutos do Amor e Desamores Até à Partida, de Adelino Timóteo, em 2011; O Libreto da Miséria, de Eduardo White, em 2012; e Entre as Memórias Silenciadas, de Ungulani Ba Ka Khosa, em 2013.

Um ano que vale a pena celebrar!

EDITORIAL - Janeiro de 2015                                                                  Terminamos o primeiro ano com o sentimento de missão cumprida: diríamos se fôssemos políticos. Não o sendo, só podemos dizer que conseguimos editar uma revista literária, tida, por alguns, como agressiva, capaz de conquistar, a breve trecho, o seu espaço na literatura moçambicana.



Conquistar o nosso espaço? Isto nos interessa? Nem tanto. O que deveras nos interessa é amanhar espaço para os inúmeros bons escritores e leitores que vão germinando. Queremos, como insistimos em dizer, dar voz a quem precisa. Dar nozes a quem tem dentes, como que a corrigirmos o veredicto de Deus. Afinal, dissemos neste mesmo espaço, na primeira edição, que nós vínhamos “promover a distribuição equitativa da riqueza (entenda-se literária) ou reduzir o fosso entre os renomados e os anónimos”.
Esse objectivo, chamado no parágrafo acima, tem sido escrupulosamente perseguido, como se o nosso oxigénio aí residisse. A cada edição que sai, nos perguntamos se conseguimos trazer uma cara nova ou um novo escritor/poeta. A resposta quase sempre tem sido um “sim”.
Sem muitas condições, como equipamentos de trabalho jornalístico, conseguimos soprar as letras por todos os orifícios disponíveis. O nosso trabalho foi sendo feito graças à boa vontade de muitos que cruzassem o caminho da Soletras ou dos seus colaboradores. Não nos esquecemos dos gravadores que nos foram emprestados pelo artista plástico Silva Dunduro (o actual Ministro da Cultura e Turismo) e pela Professora Laurinda Chicapula, a Directora do curso de História, na UP-Beira. Tudo para que a iniciativa desses jovens, prenhes de vontade, fosse materializada.
Estamos gratos a todos, muito particularmente à Professora Doutora Mónica Bastos, que nos acarinhou desde o primeiro momento. Deu-nos o “leite materno” necessário, que nos tornou fortes, aptos para levar a bom porto esta iniciativa.
A mesma gratidão estendemos ao Padre Manuel Serra Ferreira, o próprio das Manias Linguísticas, pela forma como, à sombra, orienta este grupo de jovens, que somos nós. O que ele tem dito nos intimida e nos desafia, algo igual a isto: que desapareçam vocês antes de desaparecer a Soletras.
Já quase para terminar, os desafios que temos pela frente são enormes. E podemos citar alguns: formalizar o Movimento Literário Kulemba, o futuro accionista da revista; levar a Soletras a escolas e bibliotecas da cidade da Beira; dinamizar eventos literários, entre outros.
Já para fechar, encorajamos que outros jovens, de forma platónica, se juntem à causa da Soletras e do Movimento Literário Kulemba, na crença de que é possível mudar o aparentemente difícil ou impossível, basta agirmos em grupo. Aliás, este provérbio africano é bem elucidativo: “A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com fome”.